quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Livro I - Terra dos Esquecidos - Cap. 2

Jogamos flares no chão da igreja, iluminando com aquela tipica luz esverdeada. James observava a arquitetura. Algumas colunas estavam no chão, provavelmente graças ao tremores que houveram durante a invasão. Os gêmeos caminhavam, checando se a entrada estava bem fechada, enquanto Charlotte e eu íamos para a biblioteca. O lugar estava tomado por poeira e teias de aranha. Traças voavam pelo lugar também, provavelmente muito material naquela biblioteca havia sido inutilizado. Mas uma peça tão preciosa quanto a que eles procuravam, devia estar guardada de alguma forma mais segura. Jogamos mais alguns flares pelo chão, e começávamos a olhar as estantes, procurando pelos livros, talvez estivesse guardado atrás de algum livro, ou em um compartimento especial. Ian e Scott ainda perambulavam, checando todas as saídas, enquanto James ia para a sacristia. Talvez o pergaminho ficasse na guarda do próprio reverendo.

A Biblioteca era grande, então Charlotte e eu nos separamos, procurando qualquer tipo de cofres, caixas, pedras soltas na parede ou qualquer coisa do tipo. Concentrávamos mais na parede, era um costume lugares assim terem passagens secretas, e provavelmente armadilhas. Já Ian e Scott, estavam aproveitando algumas frestas na janela, e ficavam de vigias, prontos para qualquer investida das criaturas, e também observando como estava o lado de fora, provavelmente seria nossa saída. James praticamente revirava a sacristia, resmungando daquele trabalho. Gostava mesmo era de montar explosivos e claro, testar-los. Não ter que dar uma de governanta e achar algo perdido.

Charlotte caminhava pelos corredores de estantes, percebendo que o lugar era bem maior do que parecia quando eles entraram. E parou. A sua frente, havia um ser parado de lado, usando um manto purpura, com um capuz cobrindo a face.... mas os braços estavam descobertos. O braço havia tatuagens de vários símbolos, que pareciam combinações de "T" e círculos, em posições diferentes. E finos cabelos, prateados saiam do capuz, quando o "ser virou o rosto na direção dela. Ela não conseguiu ver o rosto, e ergueu a arma, e o que ela achava, ser uma mulher caminhou, indo para trás de uma das estantes... Charlotte correu atrás, e não achando mais ninguém. Rapidamente ativou o rádio. Tínhamos uma distancia muito pequena de comunicação, algo depois da invasão fez com que todos os meios de comunicação de longa distancia ficassem inutilizados.

-Temos um invasor no perímetro!! - Informava pelo radio, nervosa... Eu comecei a correr na direção dela, e a encontrei no corredor, com a arma erguida procurando algo... Perguntei o que aconteceu, e ela simplesmente respondeu:

-Ou estou ficando louca, ou vendo fantasmas... Tinha uma mulher aqui... Com.. ai, não sei. Uma tatuagem estranha nos braços...

O resto da equipe logo chegava, e Charlotte observou a frente, vendo que havia agora, uma passagem que ela não tinha visto antes, com.. oras! algo que parecia um bau.

O grupo se aproximou, com cuidado, e fui a frente, procurando armadilhas, cabos ou qualquer coisa do tipo. Estranhamente, não havia segurança, apenas o pesado cadeado. Peguei meu kit de arrombamento... e comecei a destrancar aquilo. O resto do grupo estava atento, e Charlotte continuava a falar da "fantasma"... Falava dos cabelos prateados dela e da tatuagem... do manto purpura e tudo. O resto, parecia não acreditar muito, e eu estava ocupado demais pra prestar atenção.

Minutos depois, consegui abrir o bau, e todos se aproximaram para observar. Um tubo, dentro dele, provavelmente o pergaminho. "Missão Completa, agora só falta entregar", e sorri olhando o resto do grupo... Bem, entregar seria mais difícil do que pega-lo...