quinta-feira, 17 de abril de 2008

Livro II - The Land of Dreamers. Cap. I

- NÃO VÁ!!!
Shay acordava, com esse grito na ala médica dos alojamentos... com a mão esticada e se sentando, como um espasmo. Deixou o corpo cair, agora sentindo a dor por todo o corpo. A equipe dos médicos andavam ao redor dos cinco, todos estavam vivos, bem feridos mas vivos. Victor se aproximava com as mãos no jaleco sujo de graxa vendo o jovem amigo.
- Grande aventura tiveram lá fora, não foi? E voltaram precisando de umas férias - Sorria, um tanto sádico. - Mas como conseguiram?!
Shay chaqualhava a cabeça, tentando colocar as idéias no lugar, James estava a sua direita, e ele podia ver, ele tinha os sinais vitais estáveis... Mas ele se recordava de ter visto o amigo ter o corpo atravessado pelas garras de um dos demônios... Ele se lembrava da luz... E daquele vulto. Dela... Ele tinha certeza, não foi uma ilusão, ele sentia o cheiro dela no ar... Sentia o toque dela contra a face.
Ele continuava em silêncio, com o amigo esperando a resposta. Tentava se sentar, teimoso, e a equipe médica o segurava, pra voltar a deita-lo.
- Descanse garoto. Você ainda tá todo ferido, aproveita e relaxa. - Victor sorria, dando um tapinha no ombro dele - E pense bem, até que tem umas enfermeiras gostosinhas... - Ele começava a rir, se afastando do amigo, saindo dali.
Shay ficava observando o teto, tentando colocar as idéias no lugar. Suas lembranças eram verdadeiras? Ela realmente estava viva, e melhor esteve perto dele e o salvou?! Por que ela não estava mais aqui com ele então? Ele ouvia uma voz feminina vindo ao lado, esperançoso, vendo que era apenas a Charlotte...
- Hey garoto - Ela sorria, estava com uma parte do rosto coberto por bandagens... - Saímos daquela, hein? - Ela estendia a mão, tocando o braço dele.
- É saímos... - A voz dele carregava um pesar estranho, por ele não ter certeza do que aconteceu... Ele não falaria daquilo por enquanto, não tinha lógica nenhuma aquilo!
Os dias se arrastavam dentro daqueles alojamentos, porém um a um, eles melhoraram, bem mais rápido que o normal. Os médicos se surpreendiam, e em 1 semana, eles já estavam prontos novamente para o trabalho.
Eles só não sabiam, que agora teriam novas armas em sua Guerra...

terça-feira, 18 de março de 2008

Livro I - Terra dos Esquecidos Cap. 3

Estávamos olhando nossos mapas... tramando uma rota de fuga mais segura. Talvez os esgotos estivessem comprometidos agora, e o lado de fora estava calmo demais. James sugeriu uma distracção, alguns explosivos do lado de fora, enquanto fugíamos pelos esgotos, talvez facilitasse muito nossa fuga. Os gêmeos checavam suas munições, loucos para atirar em algo, eles já estavam com aquele típico sorriso deles... Parecia que a morte pairava ao nosso redor. Charlotte, ainda estava um tanto nervosa por causa da visão, aquilo havia incomodado-a bastante. Tudo bem, estamos sendo caçados por demônios, qual o problema da existência de fantasmas também, era que eu pensava... Tudo deve existir, menos os anjos.
Eu estava louco de curiosidade pra examinar aqueles pergaminhos, não que eu fosse entender alguma coisa provavelmente, mas ainda sim, queria abri-los. James começava a preparar a 'isca' e os gêmeos já desciam aos esgotos, para verificar como estavam as coisas lá embaixo. Minutos depois, James lançava o explosivo por uma das janelas, e já se afastava indo pra nossa 'rota de fuga' comigo e com Charlotte. Podíamos ouvir a explosão ao descer pela escada, e o tremor causada pela mesma... James soltou um 'ops' e sorriu.
Ian e Scott já estavam alguns metros a frente, até ali estava tudo bem. Porém um dos túneis fora danificado pela explosão, logo o que usaríamos em nossa fuga... Teríamos que fazer outra rota, e provavelmente, sair em campo aberto.
Avançávamos rápido pelos túneis, e James deixou outra booty trap para trás, caso fôssemos seguidos. Chegamos a um beco sem-saída, apenas uma escadaria para as ruas... Estávamos em Hyde Park.
Ficávamos atentos, porém ainda marchando mais rápido. Parecia que as sombras se moviam ao nosso redor, nos cercando, nos observando...
Disparos... e todo aquele caos começara novamente... Nossos inimigos vinham por todos os lados, em numero muito maior que o nosso... James e os gêmeos atiravam como loucos com seus rifles de assalto, e Charlotte e eu, tentávamos manter controle, atingindo os que chegavam mais próximos de nós. Peguei uma das granadas do cinto de James, e joguei em uma direção... Após a explosão, gritei para que avançássemos não poderíamos ser cercados... Corríamos, loucos para salvar nossas próprias vidas, atirando em tudo que se movesse ao nosso redor... Parecia que a cada um deles que caiam, três apareciam das Trevas... Fomos encurralados em um beco... Lutávamos com todas nossas forças, mas eles eram mais fortes, e em numero muito maior... James fora arremessado em cima dos gémeos por uma das criaturas enquanto Charlotte e eu lutávamos para manter as criaturas longe de nós.... Nossa munição havia se esgotado, apenas contávamos com nossas espadas, lanças e adagas. Ian fora ferido gravemente na barriga, voando contra uma parede, caindo desacordado. Scott deu um grito de fúria enquanto descarregava os últimos cartuchos que tinha, antes de ser derrubado, e ter parte da face rasgada pelas garras de uma das criaturas... James pulara sobre ela, fincando o machado no crânio dele, sendo atingido nas costas, eu podia ver o braço da criatura varando o corpo de meu companheiro... Fui tentar ajudá-lo e fui jogado contra a parede, com força... Parecia que sentia todos os ossos de meu corpo quebrados, tamanha a dor. Pude ver Charlotte caindo ao chão, cheia de ferimentos, olhando para mim como se fosse a última vez... Tentei me arrastar até ela, fraco mortalmente ferido... Havíamos fracassado...
Mas então, ouvimos nossos inimigos gritando de dor... e um brilho forte tomava conta daquela rua... no meio do brilho, havia alguém... parecia uma mulher... e desfaleci...
Perdido em meus sonhos, novamente a vi... Agora, adulta, não como ela era a dez anos... Ela sorria pra mim, e eu tentava tocar o rosto dela, através de seus longos e prateados cabelos... E pude ouvir sua voz, suavemente dizendo:
- Guarde suas forças, meu menino... Você ainda desconhece a grandeza de seu destino... - E ela me deu um leve beijo nos lábios, tenro... E tudo voltou a ser Trevas, novamente.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Livro I - Terra dos Esquecidos - Cap. 2

Jogamos flares no chão da igreja, iluminando com aquela tipica luz esverdeada. James observava a arquitetura. Algumas colunas estavam no chão, provavelmente graças ao tremores que houveram durante a invasão. Os gêmeos caminhavam, checando se a entrada estava bem fechada, enquanto Charlotte e eu íamos para a biblioteca. O lugar estava tomado por poeira e teias de aranha. Traças voavam pelo lugar também, provavelmente muito material naquela biblioteca havia sido inutilizado. Mas uma peça tão preciosa quanto a que eles procuravam, devia estar guardada de alguma forma mais segura. Jogamos mais alguns flares pelo chão, e começávamos a olhar as estantes, procurando pelos livros, talvez estivesse guardado atrás de algum livro, ou em um compartimento especial. Ian e Scott ainda perambulavam, checando todas as saídas, enquanto James ia para a sacristia. Talvez o pergaminho ficasse na guarda do próprio reverendo.

A Biblioteca era grande, então Charlotte e eu nos separamos, procurando qualquer tipo de cofres, caixas, pedras soltas na parede ou qualquer coisa do tipo. Concentrávamos mais na parede, era um costume lugares assim terem passagens secretas, e provavelmente armadilhas. Já Ian e Scott, estavam aproveitando algumas frestas na janela, e ficavam de vigias, prontos para qualquer investida das criaturas, e também observando como estava o lado de fora, provavelmente seria nossa saída. James praticamente revirava a sacristia, resmungando daquele trabalho. Gostava mesmo era de montar explosivos e claro, testar-los. Não ter que dar uma de governanta e achar algo perdido.

Charlotte caminhava pelos corredores de estantes, percebendo que o lugar era bem maior do que parecia quando eles entraram. E parou. A sua frente, havia um ser parado de lado, usando um manto purpura, com um capuz cobrindo a face.... mas os braços estavam descobertos. O braço havia tatuagens de vários símbolos, que pareciam combinações de "T" e círculos, em posições diferentes. E finos cabelos, prateados saiam do capuz, quando o "ser virou o rosto na direção dela. Ela não conseguiu ver o rosto, e ergueu a arma, e o que ela achava, ser uma mulher caminhou, indo para trás de uma das estantes... Charlotte correu atrás, e não achando mais ninguém. Rapidamente ativou o rádio. Tínhamos uma distancia muito pequena de comunicação, algo depois da invasão fez com que todos os meios de comunicação de longa distancia ficassem inutilizados.

-Temos um invasor no perímetro!! - Informava pelo radio, nervosa... Eu comecei a correr na direção dela, e a encontrei no corredor, com a arma erguida procurando algo... Perguntei o que aconteceu, e ela simplesmente respondeu:

-Ou estou ficando louca, ou vendo fantasmas... Tinha uma mulher aqui... Com.. ai, não sei. Uma tatuagem estranha nos braços...

O resto da equipe logo chegava, e Charlotte observou a frente, vendo que havia agora, uma passagem que ela não tinha visto antes, com.. oras! algo que parecia um bau.

O grupo se aproximou, com cuidado, e fui a frente, procurando armadilhas, cabos ou qualquer coisa do tipo. Estranhamente, não havia segurança, apenas o pesado cadeado. Peguei meu kit de arrombamento... e comecei a destrancar aquilo. O resto do grupo estava atento, e Charlotte continuava a falar da "fantasma"... Falava dos cabelos prateados dela e da tatuagem... do manto purpura e tudo. O resto, parecia não acreditar muito, e eu estava ocupado demais pra prestar atenção.

Minutos depois, consegui abrir o bau, e todos se aproximaram para observar. Um tubo, dentro dele, provavelmente o pergaminho. "Missão Completa, agora só falta entregar", e sorri olhando o resto do grupo... Bem, entregar seria mais difícil do que pega-lo...